Nada é muito fácil, nada é muito difícil.
Às vezes caminhamos por entre vales e planaltos, e falamos a nós mesmos: - Nada pode ser mais alto. - ou - Nada pode ser mais fundo.
E eis que então nos deparamos com uma majestosa montanha, ou com uma erosão que nos faz repensar e ampliar nossos limites.
Nossos vales, nossos planaltos são sempre limitados pela nossa própria comodidade em crer que o mundo, a vida, resumem-se na própria extensão que nosso corpo alcança.
Será?
-E se a própria extensão for apenas um limite daquilo que cremos?
Vales e planaltos, são planos e fáceis de caminhar. (oferecem pouco risco...)
Quantas e quantas vezes nos vimos perdidos no vale da tristeza, ou no vale da depressão da autopiedade, do medo (vale da sombra da morte...), e ao longe vislumbramos as encostas que nos cercam, e ficamos temerosos para galgá-las porque parecem por demais íngremes.
E ficamos lá, aguardando uma mão que nos auxilie ou nos dê segurança...
Todos nós, por mais limitados que sejamos, temos sempre em mente algo ou alguém em que (quem) procuramos nos apoiar: real, imaginário, Deus, uma namorada(o)...
O que muitas vezes nos faz esquecer que dos nossos vales erguem-se os nossos planaltos (alegrias, desejos, vontades), e somente nós e ninguém mais poderemos explorá-los.
E a mão, que esperançosamente esperávamos, mostra-se um retardo em nosso caminho, e ao mesmo tempo torna-se a perfeita culpada pelos fracassos que amiúde colecionamos, libertando nossos ombros, já calejados de culpas.
(todas abandonadas, esquecidas, mas presentes).
Façamos então o que deve ser feito. E assim, de forma mais (talvez) árdua, ou menos confortável, vislumbremos do alto de uma montanha o vale distante e profundo com suas erosões sem fim.
E admiraremos toda a beleza daquele cenário que de perto, tanto nos fez sofrer.
E hoje nos recorda preciosos ensinamentos.
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Bom Dia