quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Amar-se
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return.
O amor tem a temperatura certa. E nos protege dos males, mesmo que tenha que dizer não.
A mágoa do dia que se descobre que se foi enganado por tanto tempo é muito maior. Se faz isso com os próprios pais o que essa pessoa fará com as pesssoas que a amarem durante a vida?
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sábado, 4 de setembro de 2010
Sem ti, tudo correrá sem ti....
Acredito sinceramente no fim da humanidade. Não necessariamente em cataclismos, grandes destruições, tragédias apocalípticas e aquecimentos globais.
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
"Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
Se te queres matar
Se te queres matar, porque não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e poses determinadas,
O circo polícromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
Álvaro de Campos
terça-feira, 6 de julho de 2010
Minha Fome
Quando era uma vez amargo tempo
Amargo na boca (oca)
Azia, Vazia...
E o doce:
sempre depois.
-Sobremesa
de um banquete
que nunca foi servido
Quero encher o estômago
Quebrar a etiqueta
esses dias já são salgados
frios e putrefatos, mas nada,
Nada estraga meu apetite.
Minha vontade é devorar!
Rasgar o menu
amargo de saudade.
Fazer dieta só de prato principal
sorver o doce da sua boca
temperado com suor.
E só assim acabar com
essa coisa que me mata
essa fome ingrata
que eu tenho de você.
Princesas
Eu acredito em princesas.
Não que eu seja louco,
apenas acredito em princesas.
Num mundo desordenado,
sei que em algum lugar elas estão
Distantes,delicadas e destemidas.
Insurgindo nas batalhas dos seus corações
contra a tirania dos cavaleiros negros,
Rasgando seus vestidos pelo amor de um plebeu.
Provando a amargura do fel,
matando sua sede com as lágrimas,
vertidas entre os seios,
do fundo do peito...
Princesas lotadas de coragem.
Sonhadoras e presentes,
capazes de empunhar uma espada,
E com suas mãos delicadas
romper os grilhões atados aos seus pés.
Enfrentar dragões...
Talvez eu seja um sonhador
num mundo de encanto,
mas mesmo no mundo real
meu coração pertence a elas.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Ídolo
Estou relendo um livro do Rubem Alves, um livro antigo chamado “Navegando”.
Não é de hoje que gosto muito do Rubem Alves, e o conheço desde a infância por ele ser amigo de minha mãe e freqüentar a minha casa.
Na verdade aquele senhorzinho calvo com uma coroa de cabelos brancos, semblante sereno e um respeitável narigão que freqüenta minha casa é para mim uma pessoa completamente diferente do Rubem Alves que vejo nos livros.
Não que seja pior, obviamente ambos são a mesma pessoa, mas, confesso que as vezes chega a me incomodar a personificação da mágica contida naqueles textos que, me inspiraram e me ensinaram uma forma nova de ver a vida.
Ler os textos do Rubem é uma janela que se abre e ensina como ver a vida de uma forma totalmente diferente, ensina que a vida não é feia, depende muito do lado que se olha.
Isso me faz pensar nessa relação quase conflituosa entre o homem e a sua obra.
É estranho quando a gente conhece a pessoa atrás do ídolo, e descobre que é só uma pessoa.
Muitas pessoas idolatram e amam a pessoa por que misturam a obra com o autor. Acho isso triste, pois muitas vezes o ser humano por trás da obra fica imerso em uma nuvem formada por fragmentos de sua própria obra.
Conheci já algumas pessoas ditas famosas, sou filho de artista, e sempre me envolvi de uma forma ou de outra com o encanto dos filhos das artes.
Uma das coisas que digo é que toda vez que me aproximei de uma maneira ou de outra vi a tal nuvem se dissipar mostrando alguém muitas vezes surpreendente e algumas vezes decepcionante.
Mas a grande verdade é que a obra tem realmente o encanto, como não misturar as letras maravilhosamente hipnóticas de Chico Buarque com aqueles encantadores olhos azuis. Como não misturar a genialidade dos personagens de Fernanda Montenegro, àquela senhorinha delicada.
Mas é preciso lembrar que o humano não é a obra é o ser. E ao contrario do finito da existência do ser, devemos sim admirar a eternidade da obra.
Por isso sei que o Rubem da minha casa tem todos os defeitos e qualidades que qualquer pessoa pode ter. Mas sua obra me toca e tudo que nos toca deve ser lembrado.
Boa Noite
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A Bunda da Humanidade
Na conformação humana, de duas almofadinhas gordurosas, nenhum outro animal possui tal estrutura. É exclusiva!
Quantas horas, não devem ter passado os alienígenas a estudar um humano de bruços, observando aquelas estruturas. Hoje acredito que ouviríamos nos laboratórios dos discos-voadores:
Mantida nos porões pervertidos da sexualidade humana, a bunda sempre foi uma marginal.
Muito, mas muito mais que um telencéfalo ou um polegar.
segunda-feira, 29 de março de 2010
A Verdade sobre Aurora
Foram vistos por Haroldo Lobo (que estava em excursão pela África) atravessando o deserto do Saara, sob o sol quente, ambos somente com o rosto queimado (provavelmente pelo habito de não usar protetor solar na cara).
Veja só que bom que era / Ô ô ô ô , Aurora
Um lindo apartamento / Com porteiro e elevador
E ar refrigerado / Para os dias de calor/ Madame
Antes do nome / Você teria agora/ Ôôôô Aurora
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O Sol estava quente, queimou a nossa cara
Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...
E muitas vezes nós tivemos que rezar
Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
Mande água pro iôiô
sexta-feira, 26 de março de 2010
APRENDAM
Meninas!!! Aprendam. O homem mede o quanto a mulher é boa de cama pela iniciativa que ela toma para ter o seu próprio orgasmo (mexe, vira pra lá vira pra cá percebe que ele ta quase lá e tira pra ele não gozar antes dela) .
É importante também tanto que ela consegue adiar o gozo do parceiro sem perder o Tesão.
De boa: essa dica vale mais e é bem mais fácil que decorar o kama sutra!!
É isso mesmo meninas... acabou a época de se acharem menininhas e que o cara tinha que fazer tudo hoje se a mulher tem que mandar bem também e vocês estarão sendo julgadas. E principalmente: a competição esta acirrada.
Na verdade não é nada de mais: vocês fizeram isso com os homens durante séculos e a gente está aqui ainda.
É apenas um dos efeitos colaterais da fumaça de sutiã.
Discordo Dr Gikovate!
Achar que o outro é um príncipe ou princesa, a metade que faltava é uma grande balela! Mas também achar que somos completos e auto-suficientes como afirma o psicólogo das mídias Dr. Gikovate é uma besteira maior ainda.
Chego verdadeiramente a me irritar com esse papo de auto-suficiência!
Não somos eremitas, vivemos numa sociedade, se não conseguimos sobreviver sozinhos porque deveríamos nos achar emocionalmente auto suficientes?
O papo do Dr. Gikovate é ótimo para quem acabou de tomar um pé na bunda e está com a auto estima em frangalhos.
Não quero ser do contra mas nesse caso tenho que alertar pois vejo esse cara ser idolatrado, quando ele não faz mais do que gerar ilusão, egoísmo, superficialismo e depressão (hmmmmmm, aí acho que ele deve ganhar uma nota dos laboratórios)
Desculpem-me o desabafo, mas é importante entender:
Discordo do Dr. Quando ele diz que somos completos, achar isso é formula de frustração.
Tão pouco a parte que nos falta está em outra pessoa, essa é a formula da decepção. (nesse ponto concordo com o Dr. Flávio)
Estamos sozinhos buscando nossa complementação, nosso aprendizado.
Isso implica em conhecimento, realização, objetivos, acertos e erros.
Existe uma parte desse aprendizado que é AMAR!
Para amar alguém temos que amar a nós mesmos (concordando com o Dr).
Mas a importância do amor próprio esta justamente em ser a principal ferramenta para amar alguém.
Quando estamos envolvidos com alguém devemos ter em mente que são duas pessoas (Concordo de novo com o Flavinho) cada uma com sua individualidade.
Mas o relacionamento é um terceiro elemento, esse elemento é composto de troca, de cessão, proteção, entrega, de favores, gentilezas, reconhecimento e admiração mútua. Mas também dentro dele acontecem brigas, decepções, mal entendidos e responsabilidade. E isso envolve as duas pessoas.
“Serás eternamente responsável por aquilo que cativas.” (Sant Exupéry) .
E o sexo?
Concordo quando o Giko, fala qua o orgasmo é individual (pois só quem tem que consegue sentir).
Mas para quem resume o sexo a orgasmo é melhor que vá a uma zona ou pague um garoto de aluguel.
OU SEJA: Não dependemos do outro para ser feliz, mas jamais seremos felizes se amarmos somente a nós mesmos.
Boa Tarde!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Palavras e Atos
As pessoas não dizem mais eu te amo. Elas têm medo... É muito fácil não se comprometer com palavras pois aí qualquer ação se justifica. "Eu não disse isso." Por outro lado, quando não se diz, qualquer ação também pode ser cobrada como ato de amor.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Ir em Frente?
-Opa! Opa! Tô chegando a algum lugar...
-Mas como ele será?
-Ai meu Deus!
-Será que vai ser legal como eu achava?
Ou não, vai que tenha cheiro ruim, tenha alguma coisa grudenta no chão... e se a parede for de uma cor que eu não gosto?.... Acho que não vou mais.
-Tsc, que idiotice vou entrar de uma vez! Um, dois e... e...
– Calma, só um pouco... deixa eu respirar...
- Talvez se eu for pra outro lugar primeiro.. Ir me acostumando a chegar... depois eu saio rapidinho...
-É isso!
-Ouiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Sai sem me machucar!!! Agora vamos lá para onde eu queria ir!
-Ai, mas será que que vai ser legal? E se for diferente do outro...
-Ai meu Deus! Será que vou? Será fico?
Boa tarde!
sexta-feira, 5 de março de 2010
Dar Um Tempo...
terça-feira, 2 de março de 2010
Transacional
O que é se relacionar senão trocar? Uma relação existe entre um plural de coisas, bom mal ou mais ou menos sempre temos que ceder e receber. Amor altruísta.... hmpf não existe (talvez o da Madre Tereza). O Problema é as pessoas se engajarem em jogos sem ao menos saberem que estão jogando.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Tudo que é para sempre um dia acaba (pois não somos eternos)
Fico apavorado com a frivolidade das relações afetivas nos dias de hoje. As pessoas já não acreditam mais que podem ser felizes com alguém.
A falta dessa crença nos faz medrosos, apavorados com a possibilidade de ser feliz com alguém.