"Amar é um dos verbos mais difíceis de se conjugar: o seu passado não é perfeito, seu presente apenas indicativo; e o futuro é sempre condicional." (Jean Cocteu)"

quinta-feira, 18 de março de 2010

Palavras e Atos


As pessoas não dizem mais eu te amo. Elas têm medo... É muito fácil não se comprometer com palavras pois aí qualquer ação se justifica. "Eu não disse isso." Por outro lado, quando não se diz, qualquer ação também pode ser cobrada como ato de amor.

Olha o que eu deixei de fazer: isso é prova que te amo. Eu estou com você: isso e amor.
(deixou de fazer? Estar comigo? Ahhh, existem vários motivos para deixar de se fazer coisas até preguiça, para se estar com alguém também, (carência e até teimosia, posse).

Fazer sem falar é cômodo, prático e fácil assim como inútil. Tão inútil quanto só falar.

Antigamente eu dizia eu te amo todos os dias a diversas pessoas que eu realmente amo!

Hoje é perigoso dizer isso, pois o amor tornou-se objeto de exclusão. O pior é que não sou eu mais eu que decido quem eu amo ou deixo de amar, a sociedade é quem julga.

"Amo você" é um termo curto que para mim era infinitamente amplo. Significava que além do carinho havia uma ligação fraternal, amorosa, de doação mútua.

Hoje "eu te amo" tem conotação sexual, de flerte, coisa de homem e mulher e devemos eleger cuidadosamente a quem dizemos.

Humpf! Coisa de quem não vinga, uma humanidade de ventre seco que tem medo do trabalho que o filho vai dar. Ou da perda da liberdade egoísta que esquece que a vida continua naquilo que geramos (inclusive no amor).

Se todos falassem eu te amo, o mundo seria muito melhor.

E quem não fala não faz e não faz porque não sente!

Pois bem, a partir de hoje EU me rebelo:

"...eu tenho dois braços, e o amor do Mundo..." e direi EU TE AMO para tantos que amo e amarei. Pois quem não diz, faz apenas aquilo que lhe é conveniente, e não é digno de ser amado.

Bom dia!


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