Fico apavorado com a frivolidade das relações afetivas nos dias de hoje. As pessoas já não acreditam mais que podem ser felizes com alguém.
E eu, pobre integrante da facção romântica, (hoje em dia considerada quase um grupo terrorista) tornei-me um ser obsoleto num mundo repleto de emoções efêmeras.
Não sou um romântico xiita, apenas creio que qualquer relação deva ser ao menos encarada como eterna para que ela dure o quanto tiver que durar, caso contrario não há o que se buscar e muito menos ao que apoiar, não há por que se perdoar e passa se a tomar extremo cuidado com os momentos felizes, pois eles certamente se tornarão sofrimentos.
Abraço com carinho a sapiência de nosso poetinha que lascou um "que seja eterno enquanto dure" na hipocrisia das relações falidas de sua época (quando a eternidade era uma obrigação).
Mas, porém, mesmo que por um momento, precisa-se crer na eternidade. Acreditar realmente no "que seja eterno" mesmo que talvez um dia não dure.
Essa fé faz com que esse momento se concretize plenamente pois há esperança de ser parte de algo maior.
A falta dessa crença nos faz medrosos, apavorados com a possibilidade de ser feliz com alguém.
A falta dessa crença nos faz medrosos, apavorados com a possibilidade de ser feliz com alguém.
A esse pobre povo sem fé, resta uma felicidade efêmera e doentia baseada na falsa premissa de que cada um se basta.
Por isso digo, o negócio é curtir. (a dois)
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