Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.E com confiança no que diz.Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.Difícil é mentir para o nosso coração.Fácil é ver o que queremos enxergar.Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.Difícil é sentir a energia que é transmitida.Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.Fácil é querer ser amado.Difícil é amar completamente só.Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.Fácil é ouvir a música que toca.Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.Fácil é ditar regras.Difícil é seguí-las.Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.Fácil é perguntar o que deseja saber.Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.Fácil é dar um beijo.Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.Fácil é sonhar todas as noites.Difícil é lutar por um sonho.Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.
Drummond
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
pequenas historias, grandes eventos de uma vida..... muita gente acha estranho quando de repente tudo parece estar dando errado em nossa vida. Nossas vontades parecem inatingíveis e as coisas, de repente, começam a funcionar.
Somos vítimas de nossa própria ansiedade e principalmente dos nossos medos. O medo das coisas não darem certo muitas vezes nos faz desistir ou ver um fim trágico antes das coisas acontecerem, felizmente Deus (ou o acaso) é justo o bastante para de vez em quando privar-nos das consequencias de nossa própria covardia.
Somos vítimas de nossa própria ansiedade e principalmente dos nossos medos. O medo das coisas não darem certo muitas vezes nos faz desistir ou ver um fim trágico antes das coisas acontecerem, felizmente Deus (ou o acaso) é justo o bastante para de vez em quando privar-nos das consequencias de nossa própria covardia.
sábado, 7 de abril de 2007
domingo, 11 de março de 2007
Rapidinha
Descobri que minha ex-namorada é republicana... so um republicano prefere a guerra à amizade...
sexta-feira, 2 de março de 2007
Tênis ou Frescobol.... (Rubem Alves)
Depois de muito meditar sobre o assunto, concluí que os relacionamentos são de dois tipos: há os relacionamentos do tipo tênis e há os relacionamentos do tipo frescobol. Os relacionamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e sempre terminam mal. Os relacionamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche com a qual concordo inteiramente. Dizia ele; "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com essa pessoa até sua velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar."
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte como no filme "O Império dos Sentidos". Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava suas palavras como se fossem música.
A música dos sons ou da palavra é a sexualidade sob a forma de eternidade; é o amor que ressuscita sempre depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo...", Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, eu te amo não quer dizer mais nada". É na conversa que nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".
O tênis é um jogo feroz, seu objetivo é derrotar o adversário. E sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do adversário e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado para fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como uma ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir...
E o que errou pede desculpas e o que provocou o erro se sente culpado.
Mas não tem importância: começa-se de novo esse jogo delicioso em que ninguém marca pontos...
A bola: nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destrui-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres.
Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem.
E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche com a qual concordo inteiramente. Dizia ele; "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria capaz de conversar com prazer com essa pessoa até sua velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar."
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte como no filme "O Império dos Sentidos". Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava suas palavras como se fossem música.
A música dos sons ou da palavra é a sexualidade sob a forma de eternidade; é o amor que ressuscita sempre depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: "Eu te amo...", Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, eu te amo não quer dizer mais nada". É na conversa que nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: "Erótica é a alma".
O tênis é um jogo feroz, seu objetivo é derrotar o adversário. E sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do adversário e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado para fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como uma ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir...
E o que errou pede desculpas e o que provocou o erro se sente culpado.
Mas não tem importância: começa-se de novo esse jogo delicioso em que ninguém marca pontos...
A bola: nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destrui-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres.
Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem.
E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
O que Realmente dói quando perdemos alguem?
Quando um relacionamento acaba o sofrimento é inevitável, mais ainda quando algo foi intenso. Mas o mais importante enquanto sofremos é saber identificar exatamente o que sentimos..... Ver que na maioria das vezes o final do relacionamento já se desenhava e que as coisas já não estavam tão boas.
Nas rupturas por traição (de qualquer tipo) um sentimento de raiva e decepção são tão fortes que.... pasmem é mais fácil lidar com o fim do que quando algo esta bom e derrepente acaba. Sem um porquê sem uma razão clara. As pessoas são cruéis nesse ponto alguém que quer terminar sempre tem uma rasão mas nem sempre quer falar.
Mas posso dizer para vc que não foi a ruptura que faz sofrer, e sim o fato de essa pessoa que estava comigo, agora poder estar com alguém, perder algo que é nosso, NOSSO carinho, NOSSO ombro, NOSSO relacionamento. Isso é que dói...
Hoje olho o ultimo relacionamento e vejo que minha dor foi puro egoismo.
Eu via minha namorada... Alguem cheio de defeitos que eu estava disposto a ignorar em prol de um investimento em carinho.
O investimento não teve retorno....
Essa foi a razão do meu sofrimento...
E só.
Nas rupturas por traição (de qualquer tipo) um sentimento de raiva e decepção são tão fortes que.... pasmem é mais fácil lidar com o fim do que quando algo esta bom e derrepente acaba. Sem um porquê sem uma razão clara. As pessoas são cruéis nesse ponto alguém que quer terminar sempre tem uma rasão mas nem sempre quer falar.
Mas posso dizer para vc que não foi a ruptura que faz sofrer, e sim o fato de essa pessoa que estava comigo, agora poder estar com alguém, perder algo que é nosso, NOSSO carinho, NOSSO ombro, NOSSO relacionamento. Isso é que dói...
Hoje olho o ultimo relacionamento e vejo que minha dor foi puro egoismo.
Eu via minha namorada... Alguem cheio de defeitos que eu estava disposto a ignorar em prol de um investimento em carinho.
O investimento não teve retorno....
Essa foi a razão do meu sofrimento...
E só.
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Viver sem Respostas
A gente divide a vida com alguém mas tem que saber preservar sua própria identidade, mas na dose certa. Porque importa também em sacrifícios pela outra pessoa agradar alguém.
Qual a dose certa? Qual a diferença entre estar com alguém e se apoiar (emocionalmente) em alguém? Esse apoio tem que existir em certo nivel senão não existe relação....
O discurso é sempre o mesmo, conserve a sua individualidade, seja carinhoso, não pareça fraco... O problema é: essas coisas são compativeis? Qual a dose certa???? Quando dizer que ama (quando sente ou quando for conveniente...)
Viver a dois é um exercicio de viver sem respostas.
Qual a dose certa? Qual a diferença entre estar com alguém e se apoiar (emocionalmente) em alguém? Esse apoio tem que existir em certo nivel senão não existe relação....
O discurso é sempre o mesmo, conserve a sua individualidade, seja carinhoso, não pareça fraco... O problema é: essas coisas são compativeis? Qual a dose certa???? Quando dizer que ama (quando sente ou quando for conveniente...)
Viver a dois é um exercicio de viver sem respostas.
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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Carta para Mari
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Será o ciume só vaidade - (Post 6 - 23/01/07)
Guilherme de Almeida era chamado de "O Principe dos poetas" ele tinha um jeito intenso de falar de amor, ingênuo e ao mesmo tempo incisivo.
Ele fala do ciume assim:
O Ciume
Minha melhor lembrança é esse instante no qual
Pela primeira vez me entrou pela retina
Tua silhueta provocante e fina
Como um punhal.
Depois, passaste a ser unicamente aquela
Qua a gente se habitua a achar apenas bela
E que é quase banal.
E agora que eu tenho em minhas mãos e sei
Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos
Que os teus sentidos são cinco brinquedos
Com que brinquei;
Agora, que não mais me és inédita, agora
Que eu compreendo que tal como te vira outrora
Nunca mais te verei;
Agora que de ti, por muito que me dês,
Já não me podes dar a impressão que me deste,
A primeira impressão que me fizeste,
Louco, talvez,
Tenho ciúme de quem não te conhece ainda
E, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda pela primeira vez!
O ciume é um mal. Na maioria das vezes cria situações desconfortáveis, brigas discuções desconfianças, injustiças e en suas formas patológicas até neuroses e crimes.
Mas ao mesmo tempo o ciúme é uma prova, uma prova de amor, pois só se sente ciumes daquilo que se teme perder.
Eu sou ciumento em certas circunstâncias (que atire a primeira pedra quem não tem pecado!) , e nem sempre circunstâncias lógicas.
Não consigo ver nenhum bem no ciume, mas confesso aqui que gosto quando demonstram ciúme de mim (não ciúme de barraco nem de discussão.(um prazer egoista, sádico talvez...)
O ciume gostoso vem quando acontece sem querer, ( o ciume provocado é golpe baixo e não se faz isso com quem se ama. ) quando passa aquela menina linda (gostosa... o que quer que seja) do meu lado de surpresa.
Eu sei que ela é bonita, minha namorada sabe que ela é bonita, e eu olho... rapido... mas ela nota.... e fica quieta...
A noite ela vira: "Você olhou para aquela moça né?"
Você diz: Olhei; ela era bonita...
Ela faz aquele bico e quase solta um xingo... mas se contém.
Daí vc vê aquela cara contrariada, aquele bico, lê aquele monte de pensamentos na cabeça dela e vê... que nem se lembra mais do rosto (bunda, peito....whatever) da moça. Você so consegue ver aquele rosto lindo ao seu lado contrariado porque vc a feriu...
Então você se enche de remorso pede desculpas e diz olhando em seus olhos o quanto a ama! (e é a mais pura verdade!)
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Saudades do Assédio Sexual (Perdão Mamãe)
Saudades do Assédio Sexual
( Perdão Mamãe!) (Post 5 - 22/01/07)
Uma mulher certa vez escreveu...
"Sim perdão mamãe... Eu sei que milhares de mulheres - e você em primeiro lugar - vão me condenar por alta traição depois de dar uma olhada nas páginas desse livro.
Eu até já posso escutá-las me acusando, a mim, uma mulher como vocês, de ter traido "a causa", porque ousei publicar um manifesto antifeminista tão incendiário. "Traição"? - O que é isso que estou dizendo? acho que vão me acusar de muito mais: Agressão selvagem! Declaração de Guerra! Bombardeio Cego! Crime contra a humanidade!
Tudo Bem eu assumo...
As jovens mulheres de hoje são filhas das "revolucionárias"feministas de um quarto de século atráz. Mas é preciso dizer, a bem verdade, que o que sobrava em bravura e determinação faltava em bom humor: com tuas camaradas "liberadas"dos anos 60-70 não havia muita chance de rir.
Quando vocês pronunciavam a sacrossanta fórmula "liberação da mulher", a gente tinha a impressão de estar ouvindo o ressentimento (justo por certo!) de antigos combatentes; vocês pareciam mártires da Resistência redivivos.
As mamães faziam uma nova cruzada, Reeditavam a Resistencia...
E os inimigos mortais não eram os Mouros nem os nazistas - Eram os Homens. O que é que vocês conseguiram nos incutir com a sua guerrilha contra os homens?
Naquela época, nós, filhas de vocês, nos aborreciamos. Francamente nós rebentos de de maio de 68, ficamos TRAU-MA-TI-ZA-DAS, tudo aquilo que vocês ousáram nos impor. Vocês não esperavam, por certo, que eu e minhas companheiras alimentadas com leite em pó, poderíamos agradecer-lhes por todos os horrores suportados durante os anos setenta.
Tão logo vimos a lúz fomos selvagemente agredidas por vossos ignóbeis papeis de parede pintados com grandes flores cor-de laranja do Flower Power, por vossos móveis em plexiglass ou em alúminio escovado, por espantosos pufes de artesanato hippie feitos com retalhos "de couro legítimo", pelos infames pulôveres de gola rulê combinados com calças boca de sino - o estilo "pata de elefante" que, efetivamente faziam vocês se parecerem com paquidermes.
Ah São bem divertidos os sótãos das mamães que tinham vinte anos em 68: os seus filhotes (ao menos os que escapavam da pílula) estão sempre exumando das pilhas de guardados as bolsas em Macramê, os shorts de acrílico, os posters estiulo Vasarely e as suas coleções de sapatos de cores psicodélicas com salto plataforma. Usar isso já era uma segurança e tanto contra o estúpro!
Mas o pesadelo não acabava aí. Pendurada acima do meu berso, você sempre colocava uma foto de Twiggy, a manequim favorita das revistas femininas de vocês - talvez tentando me icutir que a mulher ideal devia ser um esqueleto anorexico.
Atualmente, graças a lavagem cerebral feita por você, na linha vegetariana, ainda fico supercondicionada o esquema de leite desnatado, engordando a conta do médico que receita dietas, sempre que a balança me olha de cara feia.
Oh! eu já ia esquecendo o genocídio da cinta liga! Fico pensando como é que sua geração que impôs o collant, têm a ousadia de olhar seus próprios filhos nos olhos?
Depois do cointo de castidade, o collant é talvez o maior assassino de situações eróticas.
E, Além disso - voltamos ao ponto - temos a famosa luta de vocês contra os homens. Vocês dizem: "Nós conseguimos pressioná-los".
De fato conseguiram.
Mas vocês conseguiram mais que isso: conseguiram que os homens deixassem de nos importunar. A gente passa na rua e não escuta mais um assobio, uma piada, um galanteio...
Ah! ... Onde estão os velhos e bons tempos de assédio sexual? Apesar das versões modernas - fictícias e cinematográficas - em que a mulher aparece como algós e o homem como vítima, vamos admitir que, na vida real o pioneirismo e a liderança dos homens em matéria de assédio sexual são incontestáveis.
Mas essa velha prática esta ameaçada. Nos EUA pode até render um processo. Quando um chefe de escritório pensa na secretária, ele foge apavorado, o coitado, temeroso dos seus próprios pensamentos.
A bolinada será brevemente classificada entre as espécies em extinção, e estudada nos manuais de história.
Você, mamãe, e as suas amigas feministas conseguiram complexar, inibir e castrar os homens, e nós, agora, batalhamos em desespero para encontrar um só que ainda não tenha se tornado gay ou impotente.
Infelizmente, quando conseguimos descolar a pérola rara, percebemos que vocês se recusaram a ensinar o essencial: Não sabemos preparar comidinhas apetitosas, falta habilidade para passar a ferro amorosamente as camisas dele, ou costurar com capricho suas bainhas, ou mesmo preparar um verdadeiro café para ele.
Nas olimpíadas do celibato, fui preparada por você, mamãe, para chegar ao pódium.
Eu sei, mamãe, que você vai dizer que eu exagero. Que estou sendo injusta. Que vocês~, afinal, não lutaram por nada. A pílula, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, o novo casamento, o novo divórcio - que, afinal, tudo isso significou alguma coisa.
Claro que sim.
Mas eu quero justamente te chatear um pouco. Porque preciso te dizer em voz alta que eu GOSTO MUITO dos homens.
E exatamente por causa de todos os defeitos que eles têm.
Porquê é preciso reconhecer que nós, mulheres, sabemos bem que os homens nunca vão mudar verdadeiramente e vão ficar para sempre, eternamente, aquilo que nunca deixaram de ser: Grandes gargantas, mas também grandes corações , Machões mas desajeitados, simplórios mas tocantes, abusados mas tímidos, gritões mas assustados, corneados mas... Contentes...".
Prefácio do Livro de Agnes Michaux (Dícionário Misógino, LP&M - 1993):
Senhoras e senhores: acabo de lhes apresentar a Crise de identidade do movimento feminista!!!!
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Ernest Legouvé
Viva a Igualdade!!
Viva a Igualdade! (Post 3 - 19/01/07)
"Declaro com profunda fé: a teoria da mulher livre me parece uma teoria tão fatal quanto insensata! A mulher livre seira uma mulher escrava das suas paixãoes materiais, escrava do seu corpo e dos seus vícios.
(Ernest Legouvé, Cours d'histoire morale des femmes, Paris 1848)
Sou criticado muitas vezes por defender a idéia que homens e mulheres são mais parecidos do que pensam. Mas realmente não encontrei nenhuma prova do contrário ainda.
Constantemente homens e mulheres declaram que não entendem um ao outro. Mas será que isso é uma questão de entendimento ou aceitação do outro como ele realmente é (isso é : igual).
O discurso hipocrita da sociedade na verdade é que impõe , um deles é a posição que cada sexo deve ocupar. E repetimos tanto isso que passamos a acreditar. Mesmo hoje.
Claro que existem diferenças hormonais e físicas e até mesmo o fator maternidade que diferencia a mulher do homem.
Mas a medida que nos aproximamos do individuo suas vontades seus desejos, comportamentos e reações começam estranhamente se aproximar até que passam a ser indistinguiveis.
O maior exemplo disso é que a partir do momento em que começaram a conquistar seu espaço as mulheres começaram a utilizá-lo exatamente como os homens: é simples observar isso:
-Deixaram o papel passivo no flerte e foram para o ataque na paquera.
-Buscaram a independencia financeira e passaram a fugir do casamento.
-A Geração atual fala em "pegar mocinhos" tanto quanto os homens se preocupavam e "comer as menininhas".
-Passaram a ser tão infiéis quanto os homens.
-Ganharam seus bordéis (quem já foi num clube de mulheres sabe do que eu falo... )
-Falam abertamente sobre sexo, mentem sobre desempenho, competem pelos mocinhos....
Bem esses são apenas alguns exemplos. Não quero generalizar (nem todas as mulheres fazem todas essas coisas) mas é a tendencia que se observa.
Bem a conclusão que eu chego, no final das contas, é que as mulheres finalmente estão alcançando seu objetivo...
Estão ficando iguaizinhas a nós!
Sobre o Título
Sobre o Título (post 2 - 17/01/07)
Algumas pessoas devem se perguntar sobre o Titulo que dei para o Blog: "Entre o Dom Juan e o Celibátario". Eu explico:
Sempre gostei de analizar as pessoas e atribuí a algumas pessoas estereótipos diferentes, por exemplo o Dom Juan representa a pessoa emocional ( até em exagero) que atravéz de sua eloqüencia romântica seduz e encanta, mas vive numa busca sem fim de uma grande fantasia.
O Celibatário é aquela pessoa que relega as emoções ao fim da fila, vive o material, e a realidade unica. Não fantasia, e vive enclausurado num mundo feio e cruel.
São dois extremos, e o que esta entre um e outro somos todos nós.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
O Novo Relacionamento
O Novo Relacionamento (post 1 - 15/01/07)
Uma das coisas mais dificeis em um relacionamento depois de um certo tempo é lidar com os fracassos dos relacionamento anteriores. No mundo de hoje ainda mais, dificil achar pessoas com mais de 25 anos que não tenha tido pelo menos meia dúzia deles.
Afinal o que é um relacionamento que dá certo??? Se pensar em termos antigos é aquele que termina em casamento, ou mais ainda aquele que terminha com um dos dois embaixo da terra
Mas eis que surge um "novo relacionamento", aquele em que a pessoa busca apenas estar com alguém do lado, um companheiro legal somente durante o tempo em que ele for legal.
O Problema disso é que niguem consegue ser "legal" o tempo todo. Ainda mais num relacionamento onde cedo ou tarde as máscaras sociais caem.
Então quando esse novo relacionamento dá certo?
Imagino que isso ocorra quando ele deixa de ser legal para os dois ao mesmo tempo...
O papo seria mais ou menos assim: -Bem nossa história já deu o que tinha que dar, então, tchau! Ficamos amigos. Ah! se quiser ficar com a minha amiga(o) tudo bem ...(mesmo porque eu já estou de olho naquela(e) sua(eu) amigo(a) bonitão(ona) que também está na fila. !
Aliás esse negócio de fila é engraçado, a expressão "A fila tem que andar..." ou a "fila anda..." é bem o retrato do relacionamento do século XXI. O Descrédito no relacionamento é tanto que as pessoas formam literalmente uma fila de pessoas esperando o fim do atual. Ninguem mais deixa de investir porque fulano ou fulana tem namorado, ou até mesmo é casado.
(Embora as estatísticas mostrem ser o homem o mais infiel, acredito piamente que isso ocorre porque as mulheres mentem mais nas pesquisas.)
Não que a fidelidade esteja morta, ela apenas passou a ter uma vida mais curta. Ela termina no exato momento em que passa a ser um sacrifício.
Seja por paixão, conveniência ou falta de opção. (se bem que falta de opção é um caso raríssimo hoje....) a fidelidade hoje o sintoma de uma circunstância e não mais uma decisão consciente.
No final das contas parece que as pessoas não estão percebendo que cada relacionamento que termina, na verdade, não deu certo.
E passam assim a vida colecionando fracassos achando que estão arrazando.
Isso é triste porque as pessoas estão mais e mais distantes de conhecer (nas palavras do poeta Vinícius) "..a imensa e indizivel liberdade que traz um só amor...".
16 de janeiro de 2007
Uma das coisas mais dificeis em um relacionamento depois de um certo tempo é lidar com os fracassos dos relacionamento anteriores. No mundo de hoje ainda mais, dificil achar pessoas com mais de 25 anos que não tenha tido pelo menos meia dúzia deles.
Afinal o que é um relacionamento que dá certo??? Se pensar em termos antigos é aquele que termina em casamento, ou mais ainda aquele que terminha com um dos dois embaixo da terra
Mas eis que surge um "novo relacionamento", aquele em que a pessoa busca apenas estar com alguém do lado, um companheiro legal somente durante o tempo em que ele for legal.
O Problema disso é que niguem consegue ser "legal" o tempo todo. Ainda mais num relacionamento onde cedo ou tarde as máscaras sociais caem.
Então quando esse novo relacionamento dá certo?
Imagino que isso ocorra quando ele deixa de ser legal para os dois ao mesmo tempo...
O papo seria mais ou menos assim: -Bem nossa história já deu o que tinha que dar, então, tchau! Ficamos amigos. Ah! se quiser ficar com a minha amiga(o) tudo bem ...(mesmo porque eu já estou de olho naquela(e) sua(eu) amigo(a) bonitão(ona) que também está na fila. !
Aliás esse negócio de fila é engraçado, a expressão "A fila tem que andar..." ou a "fila anda..." é bem o retrato do relacionamento do século XXI. O Descrédito no relacionamento é tanto que as pessoas formam literalmente uma fila de pessoas esperando o fim do atual. Ninguem mais deixa de investir porque fulano ou fulana tem namorado, ou até mesmo é casado.
(Embora as estatísticas mostrem ser o homem o mais infiel, acredito piamente que isso ocorre porque as mulheres mentem mais nas pesquisas.)
Não que a fidelidade esteja morta, ela apenas passou a ter uma vida mais curta. Ela termina no exato momento em que passa a ser um sacrifício.
Seja por paixão, conveniência ou falta de opção. (se bem que falta de opção é um caso raríssimo hoje....) a fidelidade hoje o sintoma de uma circunstância e não mais uma decisão consciente.
No final das contas parece que as pessoas não estão percebendo que cada relacionamento que termina, na verdade, não deu certo.
E passam assim a vida colecionando fracassos achando que estão arrazando.
Isso é triste porque as pessoas estão mais e mais distantes de conhecer (nas palavras do poeta Vinícius) "..a imensa e indizivel liberdade que traz um só amor...".
16 de janeiro de 2007
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