"Amar é um dos verbos mais difíceis de se conjugar: o seu passado não é perfeito, seu presente apenas indicativo; e o futuro é sempre condicional." (Jean Cocteu)"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Bunda da Humanidade


Certas características nos separam dos demais animais ditos inferiores:  polegar opositor e um telencéfalo altamente desenvolvido (como diria Jorge Furtado).

Mas o importante é que nenhuma dessas características é, isoladamente humana.
O polegar opositor é, por exemplo, característica de todos os primatas e até de alguns outros mamíferos como o guaxinim.

Já o telencéfalo, até mais desenvolvido que o humano, pode ser encontrado em cetáceos como o golfinho.
Logo o que nos faz humanos?
Qual a característica única e exclusivamente nossa, que não pode ser achada em nenhum outro animal?
Essa dúvida me incomodou durante anos, e imerso em minhas observações fui, num dia de sol numa praia do Guarujá, iluminado por uma revelação: lá estava, na minha frente, óbvia e descoberta, rebolante e desejada:
-A BUNDA!

Na conformação humana, de duas almofadinhas gordurosas, nenhum outro animal possui tal estrutura. É exclusiva!
E com certeza, a única coisa observável que define de forma incontestável de que tal criatura é um Homo Sapiens.
Imagine extraterrestres na árdua missão de classificar as formas de vida em nosso planeta. O quão intrigados ficariam ao se deparar com aqueles montinhos na base da coluna. Isso explicaria em grande parte as abduções.

Quantas horas, não devem ter passado os alienígenas a estudar um humano de bruços, observando aquelas estruturas. Hoje acredito que ouviríamos nos laboratórios dos discos-voadores:
- Que tipo de primata é esse que nós capturamos?
–Humm, vire ele de costas. (...) Ok, ok: definitivamente é um ser humano.
Mas mesmo assim, a Bunda sempre foi relegada ao segundo plano nas aulas de anatomia, temos especialistas médicos para cada órgão do nosso corpo mas nunca se ouviu falar em nadegologista.

Mantida nos porões pervertidos da sexualidade humana, a bunda sempre foi uma marginal.
Observada libidinosamente, discreta ou indiscretamente, sempre despertou desejo de uma maneira quase incompreensível, dada a sua localização e função.
Talvez a grande importância dessa estrutura anatômica desprezada pelos acadêmicos e amada pelo povo, esteja no fato de que a nossas nádegas sejam, no final das contas, a nossa verdadeira identidade.

Muito, mas muito mais que um telencéfalo ou um polegar.
Boa Tarde
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