Filhos que matam pais, irmão que mata irmão, pessoas que matam justamente aqueles que deveriam proteger ou pessoas que deveriam lhes prover proteção.
Essas histórias têm se tornado cada vez mais comuns, não só no Brasil mas também no mundo. A questão é: porque?
A verdade é que diante da ausência de referência e valores como honra, dignidade, respeito e principalmente gentileza e empatia. As pessoas estão cada vez mais egocêntricas. Somos Narcisos encantados com a própria imagem refletida no lago.
É a institucionalização da sociopatia, a exaltação do individualismo, um humanismo às avessas, em que cada um cuida dos seus problemas. Essa tendência é visível nos discursos de psicólogos midiáticos como Dr. Gikovate que pregam a solução unilateral de problemas, ou seja, pensar em sí antes dos outros em relação a tudo.
Ou seja: “se algo te incomoda: tire do caminho”, “não sinta culpa”, “você não tem nada com o problema do outro” e o mais criminoso dos conselhos “você não é responsável pela vida de ninguém”. Esse é, justamente, o discurso do psicopata.
Não prego altruísmo desmedido nem espero que as pessoas deixem de pensar em si. Mas pior que não se valorizar é só se valorizar. Em termos católicos é o pecado de Lúcifer: a Soberba.
Famílias teriam de ser um núcleo ligado por amor, não por laços afetivos ou responsabilidade civil. O problema é a deturpação co conceito filosófico de “Amar-se” esquecendo-se que ele esta inserido no mais antigo conceito filosófico no qual somos parte de algo maior.
Sempre houve interesse e conveniência nas relações afetivas, mas sempre houve a instauração de um núcleo emocional em torno disso.
O que acontece hoje é que as pessoas entram na adolescência doutrinadas em que é cada um por si.
Entendam em todos os períodos de história da humanidade houveram coisas mais valiosas que a vida. E as pessoas que amamos e coisas que acreditamos sempre estiveram entre essas coisas.
Hoje que a própria vida é o valor maior as pessoas deixam de amar de uma hora para outra. Não se sacrificam, na verdade essas pessoas não têm mais porque viver. Cedo ou tarde se tornam depressivos, adquirem síndrome do pânico... Não há coincidência de que esses disturbios estejam tão "na moda".
E por mais cruel que pareça aos individualistas, essas pessoas que só vivem por si não farão falta ao mundo pois não deixam legado.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?"
O Mais importante deste texto é a palavra MITO, pois o EU não é mais que isso. Pois só somos alguém no mundo quando as palavras “você” e “eu” passam a ter exatamente o mesmo significado se tornando "NÓS".
Boa Tarde!